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ENTRE ACASO E NECESSIDADE: "O ANDAR DO BÊBADO" E OS CÁLCULOS DA INCERTEZA

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Leucipo (cerca de 450 a.C.), atomista grego, afirmou que nada acontece em vão, mas tudo acontece por determinação de uma causa e de uma necessidade. No âmbito da Lógica, os desdobramentos destas proposições relacionam-se à clássica noção de "razão suficiente": nada acontece que não tenha uma causa ou, pelo menos, uma razão determinante de ser. No entanto, por mais que casual e causalidade pareçam antagônicos, o acaso não é ausência de causa. De fato, as acepções mais cuidadosas indicam - independentemente das situações que, por ignorância ou confusão do homem determinado evento foi imprevisível - o acaso enredado em causas ou na insuficiência de probabilidades no tocante a determinada previsão (deste modo, o acaso é um forma de determinação, só que imprevisível). Para nos valermos de um exemplo - e exemplos de ordem empírica e cotidiana se multiplicam no decorrer da obra objeto desta resenha - se de um lance de dados resultar o número cinco, é válida a conjectura de que in

BUGIOS E PAPAGAIOS: 12 NOVOS POEMAS

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Prezados, Prezadas: A partir de hoje, passarei a publicar neste blog escritos de minha autoria relacionados principalmente aos campos da Filosofia, Teologia, Lógica, Direito, Literatura, Pintura e Música. De antemão agradeço a visita e eventual leitura, o abraço cordial e amigo do Luís Rodolfo Obs.: As pinturas que acompanham o título do blog e esta postagem são da artista plástica Lucia de Souza Dantas. BUGIOS E PAPAGAIOS (I) A cidade lembra léguas infinitas de pastagens rios cobertos de asfalto horas virando fuligem No sinal cogito: imbecis ou nefelibatas - cifrões vão destruir o mundo querem sentir frívolos com faróis ululantes o terror/tremor pra crer (II) Vibram metais que o piche oculta nos subterrâneos da cidade onde coração cessa no freio do Fiat que ringe sugere grito e alerta (III) Carro de boi boi muito manso bicho que encarno em sonho no trânsito (IV) Caipira que vem de longe (alma partida em agosto) respira agoniado a idéia de cidade dessa gente na calçada onde o ‘pira va